sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Final da gravidez e dados

Felizmente muitas têm um final muito feliz, têm seus filhos, por vezes até se casam ou os pais ajudam na árdua tarefa de criar um filho sozinha; mas uma grande parcela se vê sozinha e com um bebê nos braços para criar.Não pense que isso ocorre só em classes menos favorecidas, adolescentes de classe média e alta também engravidam; por isso a informação e o diálogo é essencial para que os adolescentes sejam esclarecidos quanto aos riscos de uma gravidez precoce.


Ideação Suicida em Adolescentes Grávidas
Gisleine Vaz Scavacini de Freitas e Neury José Botega (Unicamp) têm um estudo sobre ideação de suicídio em adolescentes grávidas. Estudaram 120 adolescentes grávidas (40 de cada trimestre gestacional), com idades variando entre 14 e 18 anos, atendidas em serviço de pré-natal da Secretaria Municipal de Saúde de Piracicaba.
Do total dos sujeitos, foram encontrados: casos de ansiedade em 25 (21 %); casos de depressão em 28 (23%). Desses, 12 (10%) tinham ansiedade e depressão. Ideação suicida ocorreu em 19 (16%) das pacientes. Não foram encontradas diferenças nas prevalências de depressão, ansiedade e ideação suicida nos diversos trimestres da gravidez.
As tentativas de suicídio anteriores ocorram em 13% das adolescentes grávidas. A severidade dessas tentativas de suicídio teve associação significativa com o grau da depressão, bem como com o estado civil da pacientes (solteira sem namorado).

Adolescência e o Parto
A adolescência é um período de mudanças fisiológicas, psicológicas e sociais que separam a criança do adulto, prolongando-se dos 10 aos 20 anos incompletos, segundo os critérios da Organização Mundial de Saúde (OMS), ou dos 12 aos 18 anos de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente do Brasil.
As piores complicações do parto tendem a acometer meninas com menos de 15 anos e, serão piores ainda em menores de 13 anos. A mãe adolescente tem maior morbidade e mortalidade por complicações da gravidez, do parto e do puerpério. A taxa de mortalidade é 2 vezes maior que entre gestantes adultas.
A incidência de recém nascidos de mães adolescentes com baixo peso é duas vezes maior que em recém nascidos de mães adultas, e a taxa de morte neonatal é 3 vezes maior. Entre adolescentes com 17 anos ou menos, 14% dos nascidos são prematuros, enquanto entre as mulheres de 25 a 29 anos é de 6%.A mãe adolescente também apresenta com maior freqüência sintomas depressivos no pós-parto.
Em 2000, segundo Raquel Foresti, foram realizados 689 mil partos de adolescentes no Brasil, o equivalente a 30% do total dos partos do país. Hoje são mais de 700 mil partos de adolescentes por ano. O número é um golpe contra as várias iniciativas voltadas para a prevenção da gravidez na adolescência.
O que tem preocupado obstetras em geral, é a possibilidade da gravidez na adolescência ser considerada "de risco", com conseqüentes complicações por ocasião do parto. Segundo Marco Aurélio Galletta e Marcelo Zugaib, a gravidez será considerada de risco quando a gestante ou o feto estão sujeitos a lesões ou mesmo morte, em decorrência da gravidez ou puerpério (após o parto).
Segundo esses autores, a mortalidade materna e peri-natal é maior na gravidez na adolescência. No Brasil, grande parte das mortes na adolescência estão relacionadas à complicações da gravidez, parto e puerpério.


interessantes da Gravidez na adolescência
Porcentagem de grávidas entre 16 e 17 anos
Primigestas(primeira gestação)
Freqüentaram o pré-natal
Tiveram parto normal
Menarca (1a. menstruação) entre os 11 e 12 anos
Não utilizavam nenhum método contraceptivo
Usavam camisinha às vezes
Utilizavam a pílula
84%
75%
95%
68%
52%
56%
28%
16%










A primeira relação sexual ocorreu*:
até os 13 anos
entre 14 e 16 anos
entre 17 e 18 anos
entre 19 e 25 anos
depois dos 25 anos
10%
27%
18%
17%

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